11 de Setembro de 2011 – Nova Iorque, 9/11

Ele tinha acabado de fazer 21 anos, sem grande tempo para festejos. Saiu já tarde, depois de ter estado a trabalhar num projecto de documentário sobre os cafés do Porto, com dois grandes amigos. Pouco festejou. Dormiu o que pôde, pouco. Acordou já tarde. Voltou ao trabalho, mas já nada era como dantes. Colegas de várias nacionalidades já estavam «colados» ao televisor, enquanto falavam sobre Bin Laden e um suposto ataque terrorista ao World Trade Center. Naquela hora, sentiu que estava a presenciar algo que ia mudar o mundo, mas a vertigem do tempo quase o fez pensar que talvez não fosse assim tão importante. Chegaram mesmo a pensar que talvez aquilo não fosse verdade, que talvez fosse outro golpe à Orson Welles. Mas não. Foi mesmo o dia que mudou o mundo. Com ou sem teorias da conspiração sobre se terá sido a própria américa a auto-flagelar-se, à imagem de um presidente com aspecto esquizofrénico como Bush. A partir daquele dia, nada seria como antes. E ele voltou a lembrar-se disso. Dez anos mais tarde.

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