A começar pelo «nosso» Primeiro-Ministro, tornámo-nos, progressivamente, num país amorfo, sem substância, fútil, vazio, sem qualquer réstia de auto-estima, sem confiança em nós nem no que somos capaz de produzir. Hoje, já não somos o país que protagonizou a primeira globalização, o país no centro da cultura europeia, influente no devir do mundo. Hoje somos um país que se contenta em ostentar sem ter, em ser fútil, em parecer, em endividar-se para manter o «status», em aparecer nas festas para sobreviver, para comer um croquete e ser fotografado para a «revista cor-de-rosa» do momento. Sem ofício, sem arte, sem chama. Portugal é, cada vez mais, uma «tia de Cascais», que vai andando pelas festas do «jet 7», e faz disso a sua vida. Triste sina a nossa.