17 de Janeiro de 2011 – Deixe-se o TGV e construa-se o que realmente é preciso

No final da emissão do último programa «Corredor do Poder», da RTP, Nuno Melo deu-nos uma notícia que se reveste de crucial importância. No meio do lodo político, há, ainda, boas notícias, se os políticos não quiserem deixá-las correr, e, com isso, perderem a oportunidade. Em resposta a um requerimento do Parlamento Europeu, a Comissão Europeia deu luz verde a que Portugal reafecte os fundos comunitários destinados ao TGV, permitindo que esse dinheiro seja utilizado em outros investimentos, bastando que o Governo o peça formalmente. A norte, há quem defenda que esse dinheiro pode ser usado no alargamento da linha de metro. Mas, se pensarmos bem, esse dinheiro poderia (e deveria) ser também utilizado para quem deveria ter um acesso condigno e não tem. E seria a Comissão de Coordenação para o Desenvolvimento Regional do Norte (isto, a norte) a entidade que deveria gerir este processo. Cabe, agora, aos políticos serem-no, de facto. Coisa que, pelo menos a espaços, não têm sido.

«A desculpa do Governo para insistir no projecto do TGV era que o financiamento só estava disponível para isso. Ficamos a saber que não é assim. O Governo já não pode usar essa desculpa. (…) [A Comissão Europeia] demonstrou estar disposta a examinar atentamente qualquer pedido de reprogramação das prioridades actuais do Fundo de Coesão. (…) É uma oportunidade para o Estado português. (…) O financiamento disponibilizado pelo Fundo de Coesão pode ser aplicado noutras áreas, que não o TGV e que beneficiariam o país, mas para as quais não tem havido verbas»

Nuno Melo, Eurodeputado, em declarações à agência Lusa

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *