O livro não se lê, deixa-se ler. É absolutamente notável como Martin Page, jornalista britânico que viveu largos anos em Portugal, se fez valer de uma certa «objectividade», e nos dá a conhecer os feitos notáveis de que os nossos antepassados foram capazes. Não com um saudosismo desesperado. Não com um heroísmo «estado novista». Não com uma aura de epopeia, ou quase fábula. Com palavras simples, fala dos factos e do pensamento das várias épocas, de como as coisas se relacionam, desvenda-nos alguns porquês interessantes, muitos deles pouco conhecidos. Ficamos a perceber melhor o porquê de determinados acontecimentos em determinados momentos da história universal. De como nos integramos na geopolítica do mundo (a Europa, nos primeiros cerca de 1000 anos). A leitura ainda está no início, mas promete valer a pena.