A história tem as suas curiosidades, muitas delas mais próximas de nós do que julgamos, e que, por isso mesmo, nos ajudam a perceber melhor alguns «porquês» de hoje. Se andarmos um pouco para trás no tempo, verificamos alguns factos curiosos. É inquestionável que a nossa fundação, os nossos fundamentos, e, logo, a nossa identidade, enquanto país, devem muito (senão quase tudo) aos Templários (mais tarde Ordem de Cristo) e aos Cistercientes. Pelo país, os mosteiros foram elementos essenciais na fixação dos povos, na reorganização territorial e, sobretudo, na conservação e divulgação do conhecimento, em especial aplicando-o em contextos práticos (agricultura, alimentação, cultura, educação e formação, entre outros aspectos). O fundador da ordem dos templários era familiar de D. Afonso Henriques, bem como São Bernardo, reformador da ordem dos Beneditinos, actual Ordem de Cister. Alcobaça, sabemo-lo, foi a «casa mãe» dos cistercienses em Portugal, e talvez por isso (a par com uma melhor localização geográfica face às acessibilidades) conserve ainda uma dinâmica social e cultural muito assente nessa identidade monacal. Por estes dias, decorre a Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais, evento que tem merecido amplo destaque na comunicação social. Os doces conventuais de Arouca estão ali muito bem representados por Manuel Bastos. Arouca teve também, em tempos e graças ao intenso trabalho da associação Anima Património, um evento similar, que atraiu um vasto número de visitantes. Contudo, o «Cister, sabores e saberes» nunca teve o apoio que merecia, nem conseguiu ter espaço para crescer como se pretendia. Em parte, estão aqui algumas das razões que nos separam e distinguem de Alcobaça. Perde Arouca com isso.
Porquê as coisas boas vem nossa Arouca e logo Desaparecem , principalmente as que citastes neste post, é muito triste . tanto para os Arouquensaes locais , como para nós Arouquenses que estamos espalhados por este mundo Afora e que acompanhamos tudo através de Blogs como o seu.