«Graffiti» é o nome do trabalho que dá o prémio «Disco do Ano» a Júlio Pereira. Trata-se de um verdadeiro objecto de arte, que conta com as suas composições e prestações multi-instrumentistas, com as letras de Tiago Torres da Silva, e os desenhos de Tiago Taron (que criou um desenho para cada canção, bem como a capa e o próprio cd). Como se não bastasse, Júlio Pereira escolheu dez vozes femininas de eleição. Sara Tavares, Dulce Pontes, Olga Cerpa (oriunda das ilhas Canárias), Marisa Liz (ex-vocalista dos Donna Maria), Nancy Vieira, Manuela Azevedo (dos Clã), Maria João, Sofia Vitória, Filipa Pais e Luanda Cozetti. Vale a pena fazer parte deste «Graffiti», ainda que como ouvinte/espectador. Porque é, como é hábito em Júlio Pereira, um objecto em que toda a arte nele contida é de superior qualidade. Coisa (cada vez mais) rara em Portugal.