Nós somos o mesmo país que, há pouco mais de 500 anos, se aventurou dentro de uns barcos, muitas vezes sem nunca termos visto o mar, que é nosso, contra as ondas, à procura do mundo. Somos o mesmo país que cartografou esse mesmo mundo, e teve a oportunidade de enriquecer a sua cultura. Somos o mesmo país que não se conteve nas suas fronteiras, que lutou pela sua independência e se constituiu como nação antes de quase todos os países da Europa o fazerem. Somos o mesmo país que se mobilizou para implantar a República, baseada na igualdade, fraternidade e, sobretudo, liberdade. Somos o mesmo país que se libertou das correntes da opressão de uma das mais longas ditaduras da Europa, e abriu as suas fronteiras a uma União Europeia efectiva. Somos o mesmo país que deu os braços de força à construção e desenvolvimento de muitos outros países, como a França, a Suiça, o Luxemburgo, e muitos outros. Somos o mesmo país que viu nascer grandes vultos da ciência, do pensamento, da tecnologia, que estão hoje por esse mundo fora. Somos o mesmo país que tem gente que, mesmo a correr e em cima da hora de fim do prazo, concebe melhores projectos do que os que passam todo o prazo a pensá-los, discuti-los e executá-los. Somos tudo isto. Mas parece, cada vez mais, que somos outra coisa, completamente diferente. O que poderemos fazer para sermos esse outro país?
O país é o mesmo, não tenho dúvidas… mas as pessoas são outras. Agora não há rasgo de genialidade porque ele não é estimulado. Não há força porque se premeia a preguiça e se dá de comer a quem não quer trabalhar.
O país, coitado, não tem culpa… vai se afundando cada vez mais na mesquinhez de quem manda e dos que gostam de seguir o pastor.
e…
Quando certas nódoas forem removidas com Benzina…
(cuidado que são nódoas muito antigas)
Vem-me à memória o “Conde de Abranhos” – Eça?
O Meu País vai voltar a ser um mundo de Argonautas,
Artistas, Poetas, Descobridores e Tudo
Mas sem certo sentido de Oportunidade
Antes com muito suor e Genialidade.
Tornamo-nos num país de pequeninos e de coitadinhos… No dia 31 de Janeiro ouvimos falar uma vez mais no grande poder da Invicta! De lutar pelo que acredita, de fazer o país acordar e libertar-se do que o oprime. Será que a população portuense está adormecida? Humm…