28 de Janeiro de 2010 – Belmiro de Azevedo, com as letras todas

O homem que a «Contra-informação» baptizou como o «Bill Gaitas» português, ou o «Homem Choné», disse à revista «Visão» tudo o que pensava sobre tudo o que veio à conversa, na entrevista que dá à edição que hoje aparece nas bancas. Não hesita em qualificar o Presidente da República de ditador, diz que o Primeiro-Ministro liga ou manda ligar frequentemente, aconselha Manuel Alegre a «ter juízo» e diz que as grandes obras são um erro. Pelo meio, fala um pouco de si, diz que tem fama de rico mas vida de pobre, e fala da vida empresarial, dos contactos com Angola, das convulsões no jornal «Público» e das relações com a imprensa em geral. A entrevista é muito interessante, e merece leitura muito atenta, mesmo valendo o que vale…

«Acabe-se com o devaneio das grandes obras».
«Criou-se um sistema em que o povo vota pelas festas, frigoríficos e passeios».
«O primeiro-ministro telefona ou manda telefonar com muita frequência».
«O Alegre devia ter juízo (…) No final do mandato já terá 80 anos, não é muito sensato».
«Cavaco é um ditador. Mandou quatro amigos meus, dos melhores ministros, para a rua, assim, ‘com vermelho directo’».
«O TGV está desenhado em função dos interesses espanhóis».

(Belmiro de Azevedo, em entrevista à revista «Visão»)

2 thoughts on “28 de Janeiro de 2010 – Belmiro de Azevedo, com as letras todas

  1. Il Sennatore (Bill Gaitas) pode dizer o que quiser e sobre o que quiser…
    Apesar da idade mas sempre rijo,
    Apesar dos pesares (e poupem-me de pormenores…) ele sabe que
    O capital tem responsabilidade social…
    Está pois perdoado, até pelo mau feitio…
    Quanto a Ditadores, venham mais uns quantos Belmiros…
    Fu…i…..

  2. Goste-se ou não do homem, concorde-se ou não com ele, tem uma legitimidade muito concreta para poder opinar sobre o que se passa no país:
    Não será ele, depois da função publica, aquele que directa e indirectamente emprega mais gente neste país?
    Não são as políticas de um qualquer governo nacional, que o afecta e bastante?
    Não quero dizer que ele deva escolher ou manipular quem mais jeito lhe dá ter na governação, mas é muito mais representativo (ele e mais uns quantos como ele) da sociedade e não se mostra pelos tons cor-de-rosa das revistas: tem obra feita!!! Nem importa nesta altura saber como chegou aquela cadeira. Importa que a sua actuação, visão e investimento, forma, formou e paga a muitos milhares de pessoas.

    Tem toda a legitimidade de dizer o que lhe apetece. E se calhar não se engana nada!!!

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