Pelo que noticia o «Público», a actividade turística está em contracção, precisamente numa altura em que Arouca pretende afirmar-se como destino turístico. A nível nacional, em relação ao ano passado, o decréscimo do lucro decorrente da actividade turística ultrapassa os 8%, tendo o número de dormidas descido cerca de 5%. A boa notícia é que o contributo dos residentes aumentou mais de 6%, contrariando o dos não residentes, que desceu 10%. Em termos de dormidas e demais serviços, as receitas dos hoteleiros desceram cerca de 11%.
Lidos e analisados, ainda que superficialmente, estes dados, temos de concordar que corremos o risco de estarmos a pensar em contra-ciclo. Temos ouvido falar bastante sobre turismo, em termos potenciais, mas não ouvimos ainda uma ideia estruturada ou uma estratégia delineada de forma clara e inequívoca. Se a estratégia passa por investirmos na atracção de residentes, pelos dados que lemos, menos mal. Mas se, realmente, estamos a «pensar a coisa» de uma forma mais vasta, se calhar é melhor termos alguma prudência. Sob pena de estarmos apenas fiados num «sound byte», que, como a espuma, rapidamente desaparece, deixando-nos exactamente no ponto em que estávamos.