7 de Setembro de 2009 – É preciso pensar no Centro de Saúde de Arouca

cs-aroucaAinda a unidade de saúde de Arouca funcionava no velhinho Hospital da Misericórdia, e já eu tinha o privilégio de «conhecer os cantos à casa». O Hospital de Arouca (mais tarde,  Centro de Saúde), apesar de todas as insatisfações, sempre nos habituou a um funcionamento profissional, eficaz e dedicado, servindo o povo de Arouca como este merece: bem. Há algum tempo, quando o Governo iniciava, freneticamente, um «varrimento» pelas escolas e pelas unidades de saúde do interior, fechando as que «não interessavam», o Centro de Saúde de Arouca passou incólume, vendo mesmo os seus serviços alargados, prevendo-se a inauguração do Serviço de Urgência Básica ainda para este mês. Sucede, contudo, que talvez ainda não se tenha pensado bem na questão dos recursos humanos. Segundo informações recentes, a Administração Regional de Saúde do Norte estará atenta ao assunto e a trabalhar para a resolução do problema, mas o que se passa é que grande parte dos médicos arouquenses, em quem o povo de Arouca tem confiado, médicos esses que não têm olhado a esforços no zeloso cumprimento do seu dever, estão agora a iniciar o seu merecido processo de aposentação, e sabemos ainda que aquele serviço não tem, de momento, pessoal técnico e de enfermagem suficiente para funcionar devidamente. Numa fase de transição como esta, é, de facto, preciso pensar bem na questão dos recursos humanos. Sobretudo aproveitando a oportunidade para rentabilizar recursos endógenos. Sob pena de, de uma vez, estarmos a perder duas oportunidades.

3 thoughts on “7 de Setembro de 2009 – É preciso pensar no Centro de Saúde de Arouca

  1. Caro Ivo,

    Este post tem um timig perfeito… ainda recentemente fiquei a saber que corremos o risco de, em breve, ficar com mais de 8.000 utentes sem médido de familia, SÓ no nosso concelho.

    A Câmara não pode parar na pressão constante para resoluçao deste problema. Nem que sejam médicos de Cuba… como se lia hoje no JN, as pessoas não querem saber da nacionalidade, querem é ser bem atendidas e dentro de prazos aceitáveis.

  2. Apesar de todas as limitações,de ordem vária,creio que todos os profissionais que têm passado pelo velhinho Hospital e pelo actual CSA deram, ao longo dos tempos, o seu melhor; bem merecem uma estátua evocativa, e nomes nas ruas, largos e chafarizes.

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