O actual Primeiro-Ministro e Secretário-Geral do Partido Socialista, cujas funções, nos tempos que correm, se vão confundindo (o que é normal, não estivessem as eleições próximas), voltou a centrar o debate político onde ele menos interessa: no campo das promessas. O discurso político é fértil nestas coisas, e, mas tarde ou mais cedo, resvala para aqui. Apesar de se tratarem, efectivamente, das tradicionais promessas, os líderes apressam-se em mudar-lhe o nome, e passam a chamar-lhe propostas. Sócrates afirmou categoricamente que o dever de um líder político era fazer propostas e apresentar programa. O mesmo Sócrates que prometeu 150 mil postos de trabalho. O mesmo Sócrates que prometeu a retoma económica, mesmo sabendo que não dependeria só dele, nem tão pouco só do país. É certo que nem só de promessas não cumpridas vive a política, mas, feitas as contas, no que diz respeito à vida de todos os dias, as que ficam por cumprir, mesmo que sejam menos, afectam-nos muito mais do que as cumpridas. Assim sendo, o ideal seria acabarmos com estas conversas de surdos, para irmos ao que realmente interessa. Ainda só temos um terço da campanha eleitoral deste ano decorrida e já estamos fartos…
«O dever de um líder político é fazer propostas e apresentar o seu programa, e não esconder as propostas».
Isto das promessas tem muito que se lhe diga…
É melhor não fazê-las, de todo.
É certo e sabido que há sempre o risco de se falhar em qualquer coisa, mas se não se tiver prometido, penso que é menos grave…
Abraço, fica bem