Uma das características interessantes do projecto da «Universidade de Verão» da Universidade do Porto, que, por estes dias, decorre em Arouca, é o proporcionar um contacto directo com aquilo que se está a aprender. Um dos módulos que está a decorrer em Arouca chama-se «Arte nos Caminhos de Cister em Portugal», sob a coordenação do Prof. Manuel Joaquim Moreira da Rocha. É claro que uma temática destas não podia estar, de modo algum, «divorciada» do nosso Mosteiro, da sua riqueza, das suas vivências, da sua história e das suas histórias. Mas também da cultura e da arte que sempre apoiou e fomentou por estas paragens. Desta forma, fui convidado a participar, modestamente, com um pequeno concerto de órgão, onde se procurou mostrar não só a evolução estilística musical entre os séculos XVI e XVIII, mas também as diferentes sonoridades do instrumento, para além da sua beleza formal. Hoje, o dia destes estudantes foi dedicado às sensações. Primeiro com alguma música, depois com a fabulosa doçaria conventual. A tarde não podia terminar da melhor forma.