Ouço hoje, até às entranhas, o ‘Liebesträum’, de Max Reger. Há descobertas assim. Que surgem quando parece que procuramos outras coisas. Mas elas surgem, talvez porque tenham de surgir. Como com qualquer música, basta fecharmos os olhos, e deixarmo-nos levar por ela para onde formos levados, sem pensar. ‘Liebesträum’ significa ‘sonho de amor’. Que Max Reger coloca em música, em forma de caminhos, cores, aromas, matizes, texturas, respiração, tensão, relaxamento. Em forma de paisagem sonora. A construir por cada um. Talvez indescritível. Talvez apenas sentida. Talvez um sonho. Esse, em cada nota de ‘Liebesträum’.