O surgimento de novos (ditos pequenos) partidos no Parlamento lança um novo desafio, sobretudo para quem gostar de observar as habituais movimentações políticas. A Assembleia da República tem os seus rituais próprios, as suas formalidades próprias, até certo ponto o seu idioma próprio. Será curioso vermos como é que os ‘outsiders’ se integrarão (ou não) nestas dinâmicas, sob pena de, ou continuarem ‘outsiders’ para sempre, ou converterem-se ao ‘status quo’. Pelo meio, sujeitam-se a não serem ouvidos da forma que pretendiam, ou então de apenas serem ouvidos sobre o que não pretendem. E, por fim, vermos como a comunicação social irá fazer de amplificador de tudo isto. Não falarem ‘politiquês’, é estranho, porque é como se não pertencessem onde estão, como se não pudessem mudar nada, como se não contribuíssem para que se decidisse o que quer que seja. Sujeitos a, no fim, questionarmos a sua utilidade.