Ouvir. Acolher. Cultivar o silêncio. Três coisas que começam a ser cada vez mais difícil de encontrar. Porque a vida. Porque as coisas. Porque o tempo. Já se sabia, há muito tempo, que a Cartuxa ia ficar sem os seus monges. Chegou, agora, a hora. As portas abriram-se, para, na hora da despedida, todos poderem conhecer os espaços onde ouvir, acolher e cultivar o silêncio não só eram coisas possíveis, mas essenciais. E, assim, reconhecer o peso da palavra ‘adeus’. Tão pesada como o molho de chaves que os cartuxos deixam ao Arcebispo de Évora.