5 de Maio de 2016 – Bye bye blackbird

Muitas vezes, andamos consumidos com a ideia de inventar a roda, quando a roda já foi inventada. E é nessas alturas que reinventar a roda pode ser mais arrojado do que procurar, sem sucesso, inventa-la. Este foi, claramente, um desses casos. O formato não podia ser mais simples. O contrabaixo, que consegue ser o motor de qualquer formação em que se insira, e a voz, que traz a palavra que falta a tudo o que a música já tem em si. «Bye bye, Blackbird» é um tema que, com palavras simples, diz muita coisa. Diz que adeus talvez não seja bem adeus, porque os pássaros migram, não vão embora. Hão-de voltar, no verão, como as andorinhas, que andaram arredadas durante vários anos, mas aí estão outra vez. O «bye bye» não é bem um adeus. É uma despedida curta. Que se transforma em novo olá, à velocidade do «swing». Simples. Despojado.

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