Diz quem sabe que quando nos queremos abalançar em leituras complexas e longas, devemos sempre começar pelo volume mais simples e mais curto. Depois, dentro do volume mais curto, o texto mais curto. Assim foi. Ferreira de Castro sempre esteve ali mesmo ao lado, em Ossela, Oliveira de Azeméis. Às vezes, quando as coisas estão demasiado perto, olhamos tanto para elas que nem as vemos. Em boa hora, por ocasião do centenário de vida literária do autor oliveirense, surgem novas edições. Começo pelo «Senhor dos Navegantes» um périplo errante, conscientemente, à descoberta de um escritor que nem sempre se considerou como tal, mesmo sendo-o até ao mais fundo de si. Depois do «Senhor dos Navegantes», a rota aleatória está mais ou menos traçada. Para (re)descobrir Ferreira de Castro.