16 de Março de 2015 – Da «minha» aldeia

Caeiro dizia que da sua aldeia podia ver todo o mundo. E é bem verdade. Eu não tenho uma aldeia, mas se tivesse talvez fosse esta. A Paradinha. Aqui, como o mesmo Pessoa dizia, sendo outro ou ele mesmo, o rio que corre não é maior do que o Tejo, mas é maior do que o Tejo. Porque não interessa de onde ele vem, nem para onde ele vai. Aqui, ele simplesmente é. Como estas casas de xisto. Se pudesse ter «a minha aldeia», talvez fosse esta que aqui deixo. Não sou fotógrafo, a não ser quando espreito para dentro da máquina e escolho um recorte. Como estes. «Da minha aldeia».

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