Não resisti a escrever antes de chegar ao fim. Das três horas de filme que Oliver Stone dedicou a Nixon, ainda só cheguei a dois terços, mas já foi suficiente para ter em que pensar. Para além da habitual aura de polémica que Stone gosta de deixar a pairar no ar e da estupenda interpretação de Anthony Hopkins. Que um político pode ter várias faces, e talvez nenhuma ser verdadeiramente sua. Que as circunstâncias traem, muitas vezes, quem deveria estar mais preparado. Que as consequências de algo que sucedeu no passado surgem sempre no momento em que menos espera. E que, como na vida, o que faz verdadeiramente sentido é a luta, e não tanto a vitória.