Ultimamente, os bastidores da política têm estado mais presentes na tela cá de casa. E, nesse sentido, «The Contender», mesmo não sendo um grande filme, é um dos que vale a pena ver, dentro desta temática. Os figurinos e o «décor» têm a hibridez dos tempos da mudança de milénio. Não são nem demasiado «old fashion», nem demasiado arrojados. Neutros, às vezes, até. Mas de todo o filme, para além do discurso presidencial, já no final, para além da forma como a trama é dada a conhecer, para além dos habituais jogos de bastidores e respectivas consequências, ficou no ar uma ideia. A de que um grande político tem de ter, obrigatoriamente, grandeza. Grandeza a vários níveis. De espírito, de personalidade, na forma de estar. Essa grandeza depende, em larga escala, das circunstâncias em que venha a exercer os seu mandato. Mas se, a todo o momento, não fizer passar pelo menos a ideia de grandeza, então é melhor dedicar-se a outra actividade.