Este é o cartaz do evento que me pôs ao piano outra vez. Nunca me considerei pianista, porque não o sou. Uso o piano para fazer música, o que é um pouco diferente de ser pianista. O desafio é tocar para preencher as imagens de alguns dos primeiros filmes da história do cinema (alguns deles, portugueses), com as «Mulheres da Beira» a terminar. A forma de encarar a coisa é exactamente a mesma com que os pianistas (esses sim, verdadeiros) a encaravam: tocar da forma mais improvisada possível, deixando que as imagens conduzissem a música. Vai ser assim, também, desta vez. Sem grandes preparações, mas com alguma coragem. A coragem de chegar ao piano com uma folha em branco, pronta a ser escrita uma única vez, ao sabor das imagens que forem correndo. Assim, como que num sopro.