Talvez não haja nada mais definitivo que o silêncio. O silêncio do refúgio. O silêncio de não se dizer o que não se deve. O silêncio de procura da sabedoria, de encontrar a forma certa de agir. Talvez não haja, por vezes, nada mais cortante. Nada mais incómodo. Mas ele é necessário. Imperativo. Impõe-se como a manta que nos cobre do frio, ou o mapa que nos guia pelo incerto. Talvez não haja nada mais necessário que o silêncio. Esse, onde tudo acontece, tudo ganha vida, tudo se dá. Mas que precisa de existir. Talvez não haja nada mais que o silêncio.