Há livros que aparecem quando e de onde menos se espera. Este, já estava na prateleira há algum tempo, à espera de ser digerido com calma, com tempo para saborear. Mas não se conteve, e saltou para a cabeceira. Folheia-se com particular curiosidade, até porque contém alguns dos mais bem escritos textos de humor em português, ainda por cima com breve enquadramento da obra do respectivo autor. Fui andando, andando, e voltei a Dinis Machado, e a um excerto de “O que diz Molero”, um livro fascinante, repleto de empurrões para o imaginário, quase para o sub-consciente ou até mesmo para inconsciente. E não resisti. Depois de ter visto a peça, representada de forma sublime por António Feio e José Pedro Gomes, o livro foi uma descoberta fabulosa. Era, de facto, obrigatório estar aqui. Mas há mais. Muito mais autores para serem lidos. Com graça.