Voltei a ter o enorme prazer de receber de prenda um livro de valter hugo mãe. Assim mesmo, em minúsculas, como é seu hábito. Desta vez, «o filho de mil homens». A história de um Crisóstomo, pescador, que olha para os seus quarenta anos com a tristeza de não ter tido um filho. Como quem não quer a coisa, como criança curiosa, os olhos foram passando pelas primeiras páginas. Crisóstomo não falava propriamente com Deus. Nem tão pouco estava habituado a que lhe concedessem desejos. Mas bastou-lhe acreditar que talvez fosse possível. Que talvez também ele pudesse contribuir com a sua parte, para que fosse possível. Ali, começa uma viagem da faina, que tenta demonstrar que para sermos felizes temos de «aceitar ser o que se pode, nunca deixando contudo de acreditar que é possível estar e ser sempre melhor».