Na música, pegar em algo antigo e preservá-lo, dando-lhe um toque de modernidade, é algo mais ou menos comum. Desafiante, mas quase natural. É uma forma de inovar com o que está na base dos recursos que temos disponíveis para usar. Mais desafiante ainda, e raro, diga-se, é fazer música como se faria, por exemplo, nos tempos do canto gregoriano. Este é um exemplo bem curioso disso. Alguém pegou na famosa canção «Rodolfo era uma Rena», e transformou-a num trecho gregoriano, digno de ter sido encontrado num qualquer manuscrito do século XII. A música está lá na mesma, mas com o rendilhado da técnica gregoriana. Quase uma obra-prima.