Tenho algumas saudades tuas, meu amigo. Saudades das tuas entranhas. Vejo-te, aprecio a tua imponência. Conheço-te, mesmo que ainda superficialmente, mas o suficiente para sermos cúmplices. Tenho saudades de explorar sonoridades, de tentar contrariar a mecânica (a tua, de verdadeiro relógio, e a minha, desarticulada). De fazermos música. És um instrumento difícil de entender, por vezes. Solitário, mas que se integra. Uma voz de um espaço e de um local. Vejo-te com frequência, mas tenho algumas saudades tuas. Estás nas melhores mãos que poderias estar, com alguém que te cuida como um filho, como um bebé a quem é dado todo o carinho e atenção. Faz tudo o que o professor Nicolas Roger te pedir. Penso reencontrar-vos aos dois em breve, mas acabo sempre por adiar. Espero, sinceramente, que o adiamento seja tão curto quanto possível. Porque tenho algumas saudades tuas. Algumas saudades vossas.
Muito bem, Ivo, muito bem.
Como sempre, com a sensibilidade e simplicidade que te caracteriza. E bem.
Abraços
JA