13 de Janeiro de 2013 – Os homens do Presidente

west-wingFui seduzido pela qualidade da série “The West Wing” por uma (agora) amiga, (naquele tempo) professora, também ela, na altura, um dos “homens do Presidente”. Quem gosta do lado bom da política, quem quiser perceber um pouco dos mecanismos para que ela possa singrar minimamente e quem quiser conhecer algumas das idiossincrasias da sociedade e da política norte-americanas, não vai conseguir parar de ver “The West Wing”, até chegar ao final. A “West Wing” é, na realidade, a ala oeste da Casa Branca, onde o “staff” do Presidente, e ele próprio, trabalham. Na série, podemos ver como é que um grupo de pessoas que apenas conhecia a Casa Branca por fora, foi aprendendo a ganhar o seu espaço depois das eleições. Martin Sheen é o Presidente Bartlett, que conta com um “staff” que, progressivamente, vai ganhando estrutura e visão precisa de como “atacar” os problemas. Vemos a forma como delega os seus poderes, como parece estar ausente, muitas vezes, das negociações, não imaginando (nós e alguns dos personagens) que ele está, afinal, muito mais por dentro do que seria de prever. “The West Wing” começou a ser exibida em 1999, e durou até 2006. A série culmina com a eleição de um latino, pela primeira vez, nos Estados Unidos. Em 2006, eleger um latino ou um negro seria apenas uma ténue miragem. Obama só chegou à “West Wing” em 2008. Olhando, agora, para trás, para este pequeno pormenor “visionário”, percebemos a qualidade dos argumentos de Aaron Sorkin. E de como, sem “homens”, talvez não houvesse “presidentes”.

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