8 de Janeiro de 2013 – John Rutter

Rutter_requiemEste texto não pretende ser qualquer tipo de prelecção sobre as qualidades ou virtudes técnicas da música de John Rutter, nem discutir com usa as formas, as melodias, os modelos. Este texto é apenas um acto de redenção total e absoluta à música de John Rutter. Progressivamente, fui descobrindo o “Requiem” deste compositor, uma obra interrogativa, porque associamos sempre o “Requiem” à morte, ao fim, ao profundo e negro abismo. Mas é precisamente nessa obscuridade que esta música não nos deixa cair, fazendo pensar que é possível uma outra vida, que a morte não rouba. Aquela, talvez, que vivemos quando se nos liberta o pensamento, as lembranças, as imagens, vividas ou sonhadas e por viver. Prova disso, talvez, é o facto de, depois de ter ouvido e descoberto sempre algo de novo a cada nova audição, descubro um outro motete, do mesmo autor. “A Clare Benediction”. Podemos ser crentes ou não, católicos, protestantes ou ateus. Mas que a música de Rutter tem algo de transcendente, tem. Perdoem-me os que não concordam.

A Clare Benediction

“A Clare Benediction” – John Rutter (Choir of Clare College, Cambridge – dir. Timothy Brown)

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