23 de Dezembro de 2012 – Um país chamado Lisboa

portugal-lisboa“Hélas”, vivemos num país demasiado pequenino. Pequenino, coitadinho. Onde o horizonte não pode ser largo, porque o rectângulo não o permite. Onde o horizonte termina, muitas vezes, na orla da montanha seguinte. Vivemos, portanto, num país onde o cérebro comanda, e o cérebro é Lisboa. Onde o Estado existe. Onde os partidos vão partindo, repartindo e ficando, à vez, com a melhor parte. Onde tudo se decide. Onde tudo se faz. Onde tudo acontece. Onde querem que tudo esteja. Do Norte, levam o que de bom resta, senão veja-se o que se passa na RTP. Tudo o que se passe a norte de Alverca e a sul de Setúbal, talvez já não aconteça bem em Portugal. Dá-se-lhe “profundidade”, com uma caridadezinha balofa de quem se julga superior. Desengane-se quem pensar outra coisa. O nosso país é ainda mais pequenino do que julgamos. O nosso país é, para muitos, apenas Lisboa.

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