Quando António Guterres afirmou, pela primeira vez, a sua “paixão”, surpreendeu. Quando, de certa forma, a traiu, perdoou-se-lhe. Ao fim e ao cabo, era uma paixão difícil de manter, quando outras se interpunham. São assim, as paixões. Fugidias, rápidas, intensas. É também assim com Sílvio Berlusconi. Quem vai a Itália e depois conhece Berlusconi, pensa como é possível que um país daqueles ainda pare, escute e olhe para um homem assim. “Il Cavalieri” tem, agora, duas paixões. Uma, é Francesca, 50 anos mais nova. Outra, a sede de poder, que o move a reaparecer nas próximas eleições. Quando é verdadeiramente intensa, uma paixão preenche mais do que o que cabe em nós mesmos. Imagine-se duas.
«Finalmente, sinto-me menos só. Estou noivo de uma napolitana. Uma jovem mulher, de valores muito sólidos, muito bela no exterior e mais ainda no interior».Sílvio Berlusconi