A TVI tem feito aquilo a que tem chamado, de forma subliminar, uma «estatística». Em cada universidade portuguesa, junta uma turma, pergunta quantos alunos estão a pensar emigrar, e deduz, imediatamente, que percentagem de alunos daquela universidade pretende emigrar. Não é preciso tratar uma amostra válida. Não é preciso pensar-se que, dependendo do curso, talvez as tendências mudem. Não é preciso pensar que uma votação de braço no ar condiciona os resultados. Fazer notícias é fácil. E como já todos vamos sendo peritos em números, fazer contas também. Os portugueses agradecem, penhoradamente, este verdadeiro acto de serviço público que a TVI tem protagonizado. Estamos, portanto, a cumprir o desígnio do Primeiro-Ministro. A emigrar. Isso é que importa. Não o rigor.