O Vaticano é um Estado, e, como qualquer Estado “normal”, tem as suas “jogadas de bastidores”. Dizer isto desta forma parece cruel, tratando-se da “Cidade de Deus”, mas é um facto. Se dúvidas houvesse, Gianluigi Nuzzi, jornalista italiano, vai tratando de as dissipar. Há cerca de um ano, começou a levantar o véu sobre alguma correspondência interna (e alegadamente secreta) do Vaticano, e foi dando a conhecer uma outra “Cidade”. Primeiro foi “Vaticano SA”, depois “Sua Santidade”, livro que deu origem à detenção de Paolo Gabriele (ex-mordomo do Papa) e Claudio Sciarpelletti (informático do Vaticano), por fuga de informação. O livro apresenta um Papa agrilhoado numa teia de poderes que o limitam, e que, a certo ponto, mostram uma imagem deturpada do que é a verdadeira essência do pensar e do sentir do sucessor de Pedro. Teias cujos caminhos começo, agora a percorrer.