14 de Novembro de 2012 – Aplaudir, ou não aplaudir?

Li hoje, com interesse, um artigo da revista «Gramophone», uma publicação internacional dedicada à música erudita, muito apreciada no meio. Versava sobre algo que, por vezes, se reveste de um carácter algo enigmático, no decurso de um concerto. O aplauso. Para muitos de nós, o aplauso é algo que nem sempre sabemos como (e se devemos) usar, em que circunstância e em que medida. Mas o texto era sobre um outro tipo de aplauso. O aplauso na sequência de um concerto transmitido numa sala de cinema. Com a disseminação das salas de cinema, uma tendência que tem sido muito aproveitada na Europa é a da transmissão (muitas vezes em directo) de grandes concertos em grandes salas, normalmente com grandes produções para grandes transmissões. Fruto da mesma tendência de disseminação, aplaudir um filme é algo que já não é propriamente comum. Agora, e um concerto? Um grande concerto? Um excelente concerto? Devemos ou não aplaudir? É certo que quem esteve a tocar não vai poder ouvir, mas manifestar o entusiasmo e enaltecer a qualidade do que foi transmitido, é algo que não ficava mal. Ainda assim, a pergunta continua a não ter uma resposta certeira.

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