É uma frase comum, mas que ganha especial fôlego quando nos entra pela carne dentro. A importância de uma pessoa não se mede tanto pela sua presença como pela sua ausência. A ausência é uma espécie de cratera de um vulcão, que vai alargando, alargando, de cada vez que a lava da lembrança vai subindo e ficando agarrada a cada parte de nós. A falta que faz uma palavra no momento certo. O silêncio ensurdecedor quando procuramos um conselho. O vazio quando procuramos um abraço. Há dias assim. Em que se acumulam as lembranças de todos os outros dias. Não aquela lembrança quase hipócrita, vinda do esquecimento dos outros dias. Fazes-me falta, pá.