http://www.youtube.com/watch?v=mZgs9BpvdkA
Dizia Pessoa que o melhor do mundo são as crianças. Uma espécie de “verdade de La Palice” de que nos esquecemos com frequência. Cada vez queremos que as crianças cresçam mais depressa. Aprendam mais depressa. Saibam reagir mais depressa. Esquecemos que é preciso tempo e espaço para brincar, para fazer de conta, para crescer, para aprender, para ser. E hoje, na sessão de (in)formação promovida pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Arouca, foi um pouco esta a ideia que me ficou, se bem que com outro enfoque: os abusos. Como se disse, e bem, é uma realidade, e à realidade dificilmente escapamos. Não adianta fazermos de conta que ela não existe, ou termos pudor em falar sobre ela, porque não se resolverão os problemas com silêncio ou com silenciamento. À mensagem “I can’t wait untill I grow up” (não posso esperar por ser crescido), acrescentaria uma outra: “the child learns what he sees” (a criança aprende o que vê). Porque o que é preciso é, talvez, deixar que as crianças não tenham pressa de crescer, e possam, vendo, aprender tudo o que houver a aprender. Para que possam ser, de facto, o(s) melhor(es) do mundo.