28 de Outubro de 2012 – O «segurança socialês»

Portugal é fértil nos «sub-idiomas» ou dialectos que cria. Quem cair nas «malhas» dos Recibos Verdes, tem de estar fortemente preparado para aprender estes dialectos o mais rapidamente possível, sob pena de, quando der por ela, estar absolutamente «engolido» pelo sistema, o que se traduz, em português, por «pagar para trabalhar». Até ser possível ter os serviços relacionados com a tributação disponíveis na internet, havia o «financês», traduzido no enorme emaranhado de papéis que eram precisos para iniciar actividade, percentagens, designações, e muito mais. Para quem anda nestas andanças, resta ainda o «segurança socialês». A Segurança Social, apesar do esforço, continua a não querer que os contribuintes regularizem as suas dívidas com ajuda da internet. Quem quiser fazê-lo, tem de dominar o «sub-idioma», e ir prestar vassalagem a alguns dos senhores feudais dos serviços (felizmente, raras excepções), que teimam em não facilitar o atendimento. É preciso sabermos o que significa «escalão contributivo», ou a «base dos rendimentos declarados», ou como podemos «re-adequar o escalão ao rendimento». De tudo o que se lê, ouve e vê, a única boa notícia, que ainda ninguém confirmou nem desmentiu, é que o Governo criou um subsídio de desemprego para trabalhadores independentes que descontem 80% dos rendimentos para a mesma entidade. Valha-nos isso. Porque isso a gente percebe.

 

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