Depois da primeira experiência, hoje fecha-se o pequeno ciclo de trabalho que fui convidado para desenvolver sob a direcção do maestro António Victorino d’Almeida. Um concerto no Teatro Municipal da Guarda, com os amigos da Orquestra do Norte, mantém vivo e activo o bichinho do palco. Há alturas, quando se está bem no centro da música, em que parece não haver outro caminho senão o de deixar tudo e seguir o que ela pede. Parece que não há tempo para mais nada senão para a alimentar, para a completar, para lhe dar vida. Depois, naqueles segundos de silêncio depois do fim, tudo se suspende. E são esses segundos que sintetizam esta magia. Que quem conhece a música por dentro gosta de sentir. Antes, claro, dos aplausos.