A motivação correu, viral, pelas redes sociais, e os motivos eram mais que válidos. Houve tempo e espaço para toda a indignação e mais alguma, até tudo terminar junto à Assembleia da República. Tudo estaria bem, se acabasse bem. Mas as manifestações, de um modo geral, raramente acabam bem. Quanto mais não seja, porque há sempre agitadores que se aproveitam da situação, e tratam de agir para as televisões, instigando a Polícia a intervir contra arremessos de pedras, garrafas e engenhos pirotécnicos. Foi pena que esses não tenham seguido o exemplo de grandes estadistas, e ido para o Algarve. Por isso, se não quisermos ver estas manifestações com outros óculos, o que é devido à Polícia é um grande elogio pela forma como agiu. Não se deu por ela, até ter de se dar. E se tudo corresse como deveria ter corrido, não se veria sequer a acção daqueles homens que, lado a lado com os manifestantes, talvez tenham tido vontade de alinhar na massa humana, e fazer ouvir o protesto. Mas não. Foram profissionais. Bem-hajam por isso.