Cristiano Ronaldo está triste. Continua a marcar golos, a jogar e a fazer jogar. Mas diz que está triste, e que, por isso, não comemora os golos que marca. Os golos. O que de mais espectacular faz. O que confere razão de ser ao futebol, em que é mestre. Mas está triste. Afinal, ele é igual a nós. Apesar de ser um herói, manifesta-se, agora, a sua parte humana. Ele pode continuar a ser um profissional de elite, mas nem sempre o sentimento acompanha essa suposta “euforia”. Por muito dinheiro que se tenha, por muito luxo e “glamour” com que se viva, por muita popularidade que se tenha, há coisas que não conseguimos comprar, ou encontrar ou viver apenas querendo. Acontece connosco. Pensarmos que temos tudo para estar satisfeitos, e não estamos. Ele também não está. Se bem que, é fácil pensar, com tantos milhões de reserva, não deve ser difícil tornar essa tristeza passageira.