22 de Agosto de 2012 – Ávila, dia 3 (o concerto)

O sol amanheceu vigoroso, a chamar-nos depressa à descoberta da cidade. Reflectido na muralha dourada, não foi demasiado inclemente, e permitiu um passeio breve pelos principais pontos de interesse, sorrindo para a fotografia. É hora de manter os sentidos despertos. Chega rapidamente a hora. Como diz um dos motetes que iremos executar, «Quomodo cantabimus canticum Domini in terra aliena?» (Como iremos cantar o cântico do Senhor, em terra estrangeira?)  Foi para isto que viemos cá, e a música tem esta espécie de magia perversa, que é a de correr, precisamente, como os rios da Babilónia. Sem voltar atrás.

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