Há quem diga que nunca chegámos à Lua, e que talvez agora não tenhamos chegado a Marte. Também há quem explique que, se não fossem as expedições espaciais e o nosso olhar para o infinito universo lá em cima, nunca teríamos tido muitos dos avanços tecnológicos, por exemplo no campo da saúde. Seja como for, a versão oficial é que estamos lá. A explorar. A procurar evidências de que não estamos sozinhos aqui. Mas, se olharmos para o lado, continuamos a encontrar miséria, desigualdade, fome, maldade, e muitas outras coisas nada humanas, e que se desfocam completamente quando começamos a olhar as estrelas. A sonda que nos representa, que é a extensão de nós, chama-se «curiosity», e bem sabemos como a curiosidade pode matar o gato. Ainda vamos a tempo de descobrir se não será possível levarmos para Marte tudo isto de mau que temos. À distância a que ficariam, deixariam o (nosso) mundo bastante melhor.