Há quem lhes chame livros de auto-ajuda eruditos. Serão, ou talvez não. A sugestão veio pelas ondas da Rádio, e pela voz de Carlos Vaz Marques, num dos “Livros do Dia”. É uma espécie de explicação sobre como a religião não é vã, seja ela qual for. Há fundamentos sociais, artísticos, até pagãos, que a justificam. E há a comunidade em que, apesar de seres individuais, estamos inseridos a toda a hora, seja na família, no trabalho, no lazer ou apenas estando na rua. Alain de Botton, o autor, é ateu confesso, reflecte sobre como podemos aproveitar o que as religiões sabem sobre o comportamento humano, seja qual fé que professam (inclusive nenhuma). De como há um pouco desta dinâmica em tudo o que faz parte do nosso dia-a-dia. Mesmo sem darmos conta.
“O cristianismo foi grande adepto da apropriação de boas ideias dos outros, subsumindo agressivamente inúmeras práticas pagãs que os ateus modernos tendem agora a evitar, com base na convicção errada de que elas são indelevelmente cristãs”.
(Alain de Botton)