2 de Abril de 2012 – Seguro, e os «factos falsos»

Marcelo Rebelo de Sousa tinha criticado a forma como António José Seguro liderou, internamente, o processo de revisão estatutária, alegando que, basicamente, o que estava a acontecer era uma forma subliminar de fortalecer uma liderança fraca, afastando, «na secretaria», os potenciais rivais. Hoje, António José Seguro teve direito ao contraditório, em horário nobre, no telejornal da TVI. Até aqui tudo bem, não fosse Seguro começar a sua intervenção por se referir a «factos falsos», na base dos quais estaria a análise de Marcelo (já antes, Carlos Zorrinho, líder parlamentar do PS, tinha usado a mesma expressão). Assim de repente, a expressão «factos falsos» parece ter algo de equívoco. Um facto é um facto, não é falso. Equívoco ou lapso subliminar, terá passado despercebido (ou talvez não). Valerá o que valerá. Mas não deixa de ser estranho ter, lado a lado, duas palavras que dizem uma coisa e o seu contrário. Prova que Seguro não estará tão seguro quanto isso.

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