Dizia o meu amigo João Loureiro Lopes que o jornal «Expresso» foi concebido para leitores de pantufas. Pois bem, fez-se jus a isso, apesar de o dia não ter sido só de «Expresso», foi também de estudo. Mas, no final, para descomprimir, a leitura da «Única» revelou-se uma surpresa agradável. O entrevistado era o «Pantera Negra», num número dedicado à história, em que havia também reportagens sobre o Portugal que não passou do projecto de arquitectura, sobre a actividade dos historiadores, e as demais secções habituais da revista. A entrevista de Eusébio acabou por ser um tónico, pela simplicidade que o caracteriza e que perpassa todo o texto. As histórias são-nos contadas e desmistificadas com a clareza e a humildade de alguém cuja transparência não deixa mentir. Por mim, a mensagem passou. Há que ser-se simples.