Seja graças a uma qualquer «teoria da conspiração», seja porque o Primeiro-Ministro não é credível há muito (ou desde sempre), seja porque o Estado não está a fazer o suficiente, seja porque a economia não responde como deve ser, desenganemo-nos. A Itália é «o senhor que se segue», nesta «espiral crítica» da Europa. Christine Lagarde, directora-geral do FMI, disse-o, embora com outras palavras. Falta credibilidade às medidas de consolidação orçamental anunciadas pela Itália. Nos dias que correm, tudo é político e tudo é económico, e não se sabe o que é que gera o quê. Todavia, os políticos, bons e maus, acabam por sofrer «na pele» as consequências do que fazem ou não fazem, e, com eles, os mercados, essa entidade que já não temos bem a certeza de nos governar. Seja como for, tudo indica que este será o princípio do fim de Berlusconi.
«O problema, que foi claramente identificado tanto pelas autoridades italianas como pelos seus parceiros, é a falta de credibilidade das medidas que foram anunciadas».
(Christine Lagarde, directora-geral do FMI, em declarações dos jornalistas, durante a cimeira do «G20»)