Trinta e dois alunos da Escola Secundária Alves Martins, em Viseu, vão ser, no próximo ano lectivo, alunos das faculdades de Medicina. É, por si só, motivo suficiente para orgulho. Por um lado. Por outro, levanta algumas questões. Não será demasiado redutor associar-se a inteligência e o orgulho à medicina? E as restantes profissões? Portugal precisa de excelência na economia, na gestão, na ciência, na arquitectura, na arte, no ensino. Concentrar a «inteligência» na medicina pode ser um erro. Até porque não sabemos se todos eles fizeram esta escolha por vocação, se todos eles concluirão o curso, nem tão pouco se, no final, encontrarão trabalho.