19 de Julho de 2011 – O crocodilo que (não) apareceu, a notícia que (não) houve

(Não) foi notícia (não) ter sido avistado um crocodilo na albufeira de Castelo de Bode, rio Zêzere, na Sertã. O (não) facto é interessante, precisamente pela negação da notícia. Com tanta coisa que pode ser notícia, nesse «entrior desquecido e ostracizado», tanta coisa positiva, ou até mesmo apenas as paisagens desse Portugal insistente e desprezadamente dito «profundo», só chegou aos noticiários uma «não-notícia». É certo que, se a «não-notícia» for vista como notícia, coloca algumas questões sobre a segurança de quem frequenta a albufeira, e até mesmo em relação ao animal e ao seu equilíbrio com o habitat. Mas não parece ser por aí que a coisa foi vista. Talvez, subliminarmente, tenha sido uma forma (mais uma) de escavar o fosso entre o Portugal urbano e esse outro. Profundo.

One thought on “19 de Julho de 2011 – O crocodilo que (não) apareceu, a notícia que (não) houve

  1. OLÁ!

    deixa só dar um lamirézinho…

    primeiro, “ostracizado” está mal escrito! Para ficar bem, e portanto coerente, deveria ser: «entrior desquecido e ostrassisado».

    Feito esta observação, vamos à noticia, ou à sua negação.

    Para mim, que até gosto de me atirar de cabeça nestas águas do “intrior”, é extremamente relevante! Seja “croco” ou outra coisa qualquer, se tem mais de 2 metros, em água doce, achas uma brincadeira?

    Mesmo que seja um peixe-gato?

    e eu julgáva-me corajoso…

    um abraço
    inquieto

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