A forma quase unânime como ganhou as eleições internas tem consequências destas. Sócrates é, de facto, um homem só. Um homem sobre o qual se centra todo o espectáculo mediático (e, confesse-se, pouco político) do Partido Socialista. Curiosamente, Passos Coelho, um líder eleito contra vários adversários, que se esperava continuassem activos, consegue reunir o apoio de várias das facções anteriormente adversárias, aparecendo, frequentemente, acompanhado por «notáveis» do PSD. Talvez porque o poder está mais próximo. Talvez porque o adversário é demasiado perigoso para se deixar que ganhe sem uma luta renhida. É certo que, muitas vezes, mais vale só. Mas tão só como José Sócrates, talvez seja exagerado.