4 de Abril de 2011 – Uma história de um país

O general de um exército, depois de conquistar uma determinada região, resolveu que precisava de manter um cabo vigiado. A zona costeira poderia ser facilmente invadida, e, se colocasse lá um soldado, veria o invasor à distância, e poderia reagir convenientemente. Com o passar do tempo, o general notou que apenas com um soldado não conseguia ter a área vigiada 24 horas por dia, pelo que resolveu alargar o pequeno pelotão para dois soldados, sendo que cada um deles deveria manter a vigia por 12 horas. Ora, tendo dois homens no local, precisava de destacar alguém para os comandar, para que nenhum se sentisse superior ao outro. Passou, então, a ter dois soldados e um comandante. A certa altura, os homens estava desgastados, e era preciso mais gente, para repartir o trabalho de vigia por vários. Foi, portanto, preciso mais altas patentes, para que a companhia ficasse hierarquicamente equilibrada. Com mais gente, começaram as discussões sobre quem deveria trabalhar de dia e de noite, quantas horas, que tipo de discriminação hierárquica e monetária deveria existir. O general, apercebendo-se da complicação que se estava a gerar por causa da vigia de um simples cabo, e vendo que estava a desperdiçar muitos homens, que eram necessários para combater em outras frentes, voltou a colocar apenas o soldado que ali havia colocado inicialmente. Qualquer semelhança entre esta história e Portugal pode não ser mera coincidência.

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