Uma história dentro de uma história dentro de uma história. Quase como uma cebola. Quem leu o livro de Chico Buarque percebe melhor o que isto quer dizer. Mas quem vir «Budapeste» no grande écrã fica quase com a mesma sensação. É diferente ler o livro e ver o filme, bem se sabe. E este é um caso em que vale bem a pena fazer as duas coisas, independentemente da ordem dos factores. Quem leu «Budapeste» viu, quase automaticamente, o filme. Quem o vir vai querer, quase de certeza absoluta, ler, ouvir e ver o que um dos maiores escritores de canções do Brasil anda a fazer pela literatura. Vale bem a pena.
Eu pertenco ao grupo dos que leram, mas ainda nao viram o filme. Mas sem duvida, estou com muita vontade de o ver. O mais engracado e’ que o Chico escreveu o livro sem nunca ter ido a Budapeste! Eu gostei muito deste livro e de outros livros do Chico, mas o Chico e’ bem mais um autor de cancoes que um autor de livros para mim. Mas, no fundo, ouvindo as cancoes de Chico quase da’ a impressao de se estar a ler um livro da historia e das cronicas de costumes do Brasil do final do seculo XX. E ele fa-lo como ninguem!